7.23.2010

Something .




Ela encarava o céu e dizia o quão lindo era o crepúsculo que tombava para além do mar, ele admirando a beleza de seus olhos, sofria calado, não pelo crepúsculo, porque ele pouco se dizia sobre seus sentimentos, ele queria mesmo era que aquele olhar brilhante o olha-se uma mísera vez e o admira-se da maneira que ela vê o crepúsculo, da maneira de como ela fala das estrelas, ele queria ter pelo menos um pouco de sua paixão por aquilo tudo, ele queria que ela o olha-se e visse o tudo e o nada ao mesmo tempo. Ela encarando sentada na areia da praia, sorria e dizia coisas cômicas sobre uma paixão entre a lua e o sol, e ele olhando para o mar a ouvia dizer com sua voz rouca e suave.
- Eles eram apaixonados um pelo outro, a lua sendo graciosa e o sol sendo brilhante, os dois nunca poderiam se conhecer, e não poderiam se ver nunca, nem por um segundo, porque quando o sol banhava a terra com seus raios, a lua escondia boa parte deles do outro lado, eles eram totalmente opostos um do outro, claro que os dois tinham uma semelhança, eles brilhavam, de uma maneira diferente, mais os dois tinham objetivos parecidíssimos, eles iluminavam, a lua sendo sempre mais modesta, e o sol sendo escancarado que só ele, esse romance é impossível, totalmente. Mas os dois se amavam, e sonhavam se encontrar. Um belo dia a lua vendo que aquilo nunca daria certo, decidiu dizer ao sol que não o amava mais, o sol que sempre brilhava e era estonteante, se sentiu só. Os dois são assim, sós em pleno universo, sabendo que nunca se verão, mais se amando em segredo. O que achou da minha pequena história? – Dizia ela depois de ter contado uma de suas fábulas.
- Linda, e bem triste, mas porque os dois não podiam se ver? – ele tentava entender e por na sua cabeça que aquela história não significava nada dos dois, que eles não eram tão impossíveis assim.
-porque o sol tem o dever de alimentar os seres vivos com seus raios, e a lua tem o poder de unir corações apaixonados.
- Como você sabe?- ele disse bem esperançoso.
- porque ela é romântica pela sua essência.
Ela sorriu e olhou para o céu, já escuro pelo tempo.
- olhe e veja se não é verdade. – ela me olhou, me deu um beijo no rosto e disse. – ela sempre quer o bem daqueles que se amam.

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